Inês Thomas
Maria
estava no quarto, junto com a filha Joana, quando ouviu o toque da campainha.
Eram sete horas da manhã, quem estaria a uma hora destas batendo na casa de
alguém?
Levantou
e foi abrir a porta em que, para sua surpresa, não tinha ninguém. Olhou ao
redor, procurando quem tinha tocado, quando viu no chão uma bela caixa com seu
nome escrito em letras douradas. De repente, levou um susto: a caixa começou a
fazer um ruído, parecia que estava se mexendo. Chamou a filha para ajudar,
levaram a caixa para a lavanderia, quando Maria falou:
-
Joana, o que vamos fazer? Tenho até medo de abrir. Será um animal que colocaram
aí dentro?
Como
a caixa tinha uns furos, começaram a espiar para ver se conseguiam enxergar
alguma coisa. Quando ouviram um choro... Não acreditavam no que estava
acontecendo. Como foram colocar uma criança na porta? Quem teria feito tamanha
maldade? Não tinham escolha, teriam que abrir a caixa.
Quando
viram a boneca chorando e depois falando “mamãe”, já sabiam quem tinha deixado
o presente. Só podia ter sido o irmão que, quando menino, tinha quebrado a
única boneca que se mexia, chorava e falava. Mãe e filha ficaram abraçadas,
lembrando com carinho o gesto tão lindo do único irmão de Maria.
Nenhum comentário:
Postar um comentário