sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Hermenegildo


Anna Ribeiro

Neste último dia de nossa oficina de texto e interpretação, nossa simpática profe fez o seguinte: primeiro lemos um conto e uma crônica de dois jornalistas conhecidos, Martha Medeiros e Luiz Fernando Veríssimo. Após feito esse trabalho, fizemos uma brincadeira com o boneco Hermenegildo, na qual cada uma de nós expressou os nossos sentimentos em forma de um conto, em que as personagens foram nós mesmas.
No meu ponto de vista, foi uma das aulas que mais gostei, pois eu tenho uma enorme vergonha de falar em público, apesar de ser bastante alegre e comunicativa. Não sei se entendi bem o trabalho desta aula porque, para a nossa idade, acho bastante gratificante.

Mudando de lugar com o outro


Berta Zanata

Sabendo-se que toda a ação gera uma reação, todo bem feito a alguém vai ter um retorno. Não quer dizer que a mesma pessoa vai te dar a paga, mas que alguém ou vai te retribuir ou ajudar outros a fazer o bem a você de maneiras que a recompensa vai vir.
Isso não quer dizer que todas as nossas ações visem obter lucro ou que sempre devemos esperar o retorno daquilo que se faz.
Viver em harmonia, colocar-se no lugar do outro resume-se a usar as sandálias de alguém para ver como nos sentimos, e assim poder entendê-lo. Só entender não adianta, temos que procurar ajudar também.

Amizade e companheirismo


Eleni Ivete Araújo

Nesta vida conhecemos muitas pessoas que passam sem nada acrescentar. Mas outras, só no olhar nos transmitem calor humano, estas ficam em nosso coração. Parece que sempre estivemos juntas. Elas nos ajudam, com carinho e bondade, a compreender tudo o que nos rodeia, nos fazem alegres e felizes. Ficam sendo nossos amigos, companheiros para sempre.

O pequeno Hermenegildo


Volma Duarte

O pequeno anjo nasceu e recebeu carinho de muitas amigas, cada uma deu o que possuía: atenção. E se dedicou a fazer com que ele se sentisse feliz.
A brincadeira os mostrou afinidade, espírito participativo, união em torno do pequeno. A troca nos dá alegria, mas mostra que devemos fazer aos outros algo que nós mesmos gostamos de receber. Carinho, compreensão e amor. A vida é uma constante troca, dar e receber.

A felicidade


Maria Helena de Souza

Esta experiência foi bem interessante, eu nunca tinha pensado no assunto da forma como foi colocado. Realmente nós sempre estamos tão ocupados em criticar o outro pela atitude deste diante da vida, que nem cogitamos em ficar no lugar dele, para entender a nós mesmos. Se isto fosse colocado em prática, o mundo seria bem mais humano, e nós poderíamos até alcançar o objetivo, que é o sonho da humanidade: a paz.

O outro


Tirzá Charão de Oliveira

Estava no centro da cidade quando, na sinaleira, vi uma senhora que tentava atravessar a rua, mas ela tinha dificuldade para fazer isso, porque enxergava pouco.
Todas as pessoas que passavam parece que não a viam. Ela tentava atravessar, mas a sinaleira fechava novamente e não conseguia. Foi então que percebi sua dificuldade e corri para ajudá-la porque, se não o fizesse, ela poderia ser atropelada. Quando peguei-a pelo braço para levá-la até o outro lado, ela ficou muito alegre por ter conseguido a ajuda e atravessado a rua. E eu fiquei mais alegre ainda por ter podido ajudar o outro.

Fazer o bem sem olhar a quem


Maria Eli Fogliato

Na vida da gente passam-se coisas muito importantes. Tinha um Ermenegildo que eu conheci. Este andava muito triste, então eu perguntei: o que houve, Ermenegildo? Ele respondeu: tô com depressão, desanimado, por isso ando triste.
Como eu gosto de ver as pessoas alegres, eu o convidei: ô, Ermenegildo, vamos dançar. No começo, ele ficou constrangido, mas depois ele foi, nós dançamos, até cantamos uns versos. Pois sabe que ele se animou, ficou bem melhor.
Passaram-se uns tempos, eu também estava triste. Vejam só: uma pessoa que eu nem conhecia disse pra mim: vamos cantar, dançar que tu vais te animar. E assim fizemos.
Por isso que eu sempre digo aos outros que têm que fazer o bem sem olhar a quem.

Empatia


Inês Thomas

Como já diz o ditado:
Se queres ser feliz por um momento, vinga-te. Se queres ser feliz eternamente, perdoa.
Uma dinâmica feita em aula pode nos trazer surpresas agradáveis ou não. Partindo da premissa: não faças aos outros o que não queres que te façam, trocamos de lugar com as colegas, fazendo com que aquilo que fizemos com um boneco fosse feito a nós. Foi divertido, mas ao mesmo tempo percebe-se que a turma tem bastante empatia, já que não foi difícil nem constrangedor para nenhuma receber o que ofereceu.

Uma viagem a Florianópolis


Madalena Santos

Fui fazer uma viagem a Florianópolis, mas, ao pegar a estrada, logo vi que era íngreme, e a noite sem luz das estrelas. Porém, era bem iluminada pela sinalização. Logo tive certeza que eu faria a viagem tranquila, pois eu avistei a seguinte placa: “Bem vindo a Florianópolis”.
Foi tranquila a minha viagem até a cidade. Chegando já pela manhã, minha amiga estava me esperando com um grande café, como de costume! Fiquei lá por três dias, que foi maravilha estar na companhia do Fernando, da Tânia e dos filhos e netos.
É maravilhoso fazer esta viagem, pois a Tânia é fantástica, uma boa anfitriã. Fernando nem se fala. Não sabem o que fazer para te fazer feliz na casa deles.

A viagem de Clara


Tirzá de Oliveira

Clara, encontrava-se muito cansada pelo excesso de trabalho, pois também levava coisas para fazer em casa porque o escritório onde trabalhava era muito importante, sendo o seu dono um famoso advogado e, com isso, ela ficava sobrecarregada de muitos compromissos. Ela chegou ao auge do cansaço e resolveu pedir ao seu chefe as férias, que já estavam vencidas e assim tentar se refazer.
Foi então que Clara começou a procurar um lugar em que pudesse aproveitar o tempo e os belos dias que viriam com a chegada da primavera. Ela encontrou um local, através de anúncios em jornal, chamado “Fonte da Juventude”. Dizia ser aprazível, tranquilo, com muito verde e lagos naturais para banho e pesca, só que a estrada não era muito boa. Mas, mesmo assim, decidiu ir.
Arrumou suas coisas no carro e saiu para viajar, pois o local ficava longe da sua cidade. Andou muito tempo e começou a ficar tarde, a noite começou a cair, escura, sem estrelas. O medo tomou conta de Clara, pois a estrada não era só ruim, era péssima, cheia de buracos, muita pedra. Ela achou que estava perdida, o pânico começou a tomar conta dela. Foi então ao longo da estrada, após passar por muitas árvores e arbustos, que encontrou a placa que dizia “Bem vindo à Fonte da Juventude”. Clara respirou fundo, tomou fôlego e viu que não estava perdida, tinha encontrado a pousada para poder gozar suas merecidas férias e recarregar suas baterias.
Mas uma coisa Clara aprendeu: jamais sair para viajar à noite para lugar desconhecido.

A entrega em duas etapas


Berta Zanata

Tocaram a campainha, não era ninguém. Só uma caixa com seu nome no destinatário. E, de repente, lembrou-se que havia pedido um livro pelo correio, que já pagara adiantado. Pegou o livro e começou a ler; gostou, mas acabou largando... Dias depois outra vez toca a campainha e novamente uma caixa. Desta vez era com um CD que contava a história do livro. Como não sabia que o CD era brinde da compra, ficou feliz com o presente. Às vezes a surpresa é melhor que as promessas.

A formatura


Anna Serley Ribeiro

Como fazia todas as manhãs, recolhi a correspondência da caixa; entre as contas e propagandas, um envelope chamou a atenção: era um convite para uma formatura de faculdade de Direito de um vizinho amigo meu, para a qual já havia sido convidada, mas agora recebi oficialmente o convite. Fiquei muito agradecida, já esperava há muito tempo por esse momento, ele é jovem inteligente, que trabalha e luta pelos seus ideais.

Dia das mães com amor


Olga Otero

Tocaram a campainha uma manhã, no dia das mães. Abri a porta, não tinha ninguém, só uma bela caixa com uma fita lilás... grande foi minha surpresa ao ver, dentro dela, uma xícara de porcelana com doces e bolachas deliciosos e outras coisas mais. Porém, o que mais chamou minha atenção foi o cartão e as fotos da família... que meu filho deu para mim. No cartão, ele escreveu: “Para minha mãe com muito amor e admiração. Teu Príncipe, Gian Franco ”.

A viagem


Volma Duarte

Como fazia todas as manhãs, fui verificar as correspondências. Encontrei um envelope que chamou minha atenção, era um convite. Este envelope me despertou curiosidade. Era de minha família, me convidando para passar uma temporada com eles: minha irmã, meu cunhado e dois sobrinhos. Eles iam fazer uma viagem. Um cruzeiro.
Mas, no meio tempo, surgiu um imprevisto: um dos sobrinhos ficou doente. Ninguém sabia o problema, muitas dores no corpo, na cabeça. Fizeram todos os exames, e não aparecia nada.
O problema é que um dos sobrinhos era gêmeo e o outro tinha ficado. Isso foi o suficiente para desestruturar o passeio. Mas, no final, tudo se resolveu, mandamos chamar o terceiro sobrinho, e tudo ficou ótimo.
Agora já planejamos: no próximo ano, vamos todos desde o início – a Glória, o José, o Sílvio, o Lívio e o Carlos, que ficou doente. Imagino que foi de saudade do irmão Lívio.

Eu havia esquecido


Maria Helena de Souza

Em um dia muito tranquilo, eu estava em casa, vendo um filme nada tranquilo, deitada sobre meu confortável sofá, e bem à vontade. A campainha tocou, eu fiquei chateada e pensei: logo agora? Vou perder um pedaço do filme! E se for alguém chato, ou que venha pedir algo, talvez importante? Vou ficar em silêncio, talvez quem tocou a campainha desista. Mas se for algo importante, vai insistir. Vou esperar um pouco para tomar uma atitude. Na próxima vez, vou atender.
E, de repente, eu me achava com a porta aberta, e não era como eu imaginava, mas uma caixa com meu nome. Daí me vieram mil pensamentos: como resolver isto? Levo pra dentro e abro? Dúvida. Resolvi abrir. Pelo tempo que este ficou na porta, deveria ser algo nada suspeito.
Ao abrir, verifiquei que era uma mensagem de minha neta Ju, com uma linda mensagem pelo dia dos avós. Eu havia esquecido a data!

O presente


Inês Thomas

Maria estava no quarto, junto com a filha Joana, quando ouviu o toque da campainha. Eram sete horas da manhã, quem estaria a uma hora destas batendo na casa de alguém?
Levantou e foi abrir a porta em que, para sua surpresa, não tinha ninguém. Olhou ao redor, procurando quem tinha tocado, quando viu no chão uma bela caixa com seu nome escrito em letras douradas. De repente, levou um susto: a caixa começou a fazer um ruído, parecia que estava se mexendo. Chamou a filha para ajudar, levaram a caixa para a lavanderia, quando Maria falou:
- Joana, o que vamos fazer? Tenho até medo de abrir. Será um animal que colocaram aí dentro?
Como a caixa tinha uns furos, começaram a espiar para ver se conseguiam enxergar alguma coisa. Quando ouviram um choro... Não acreditavam no que estava acontecendo. Como foram colocar uma criança na porta? Quem teria feito tamanha maldade? Não tinham escolha, teriam que abrir a caixa.
Quando viram a boneca chorando e depois falando “mamãe”, já sabiam quem tinha deixado o presente. Só podia ter sido o irmão que, quando menino, tinha quebrado a única boneca que se mexia, chorava e falava. Mãe e filha ficaram abraçadas, lembrando com carinho o gesto tão lindo do único irmão de Maria.

Curiosidade


Edith Machado

Tocaram a campainha, não era ninguém. Ele olhou, só havia uma caixa com seu nome no destinatário e, de repente, sentiu-se perturbado. Veio a dúvida: abro?... E se for uma bomba, ou um presente de grego, ninguém por parto pra lhe dar uma ideia... preciso me arriscar, minha curiosidade supera minhas dúvidas.
Com cuidado, puxou um ladinho, o papel rompeu. Ele pulou para trás, quase caiu de costas, mesmo assim seu braço encostou no arame farpado que dividia o pequeno quintal do canil. Foram momentos de inquietação, de dor, o sangue do ferimento começou a gotejar. Refletia consigo mesmo: vou abrir, sei que nada fiz de mal, e se fiz, Deus me perdoe.
Foi quando a caixa fez um leve movimento, ele arregalou os olhos e gritou: e agora? Qual foi sua surpresa: eram marimbondos. Correu tanto de lá para cá, espantando-os, entrou e fechou a porta com muita força e desmaiou, sem se dar conta que a janela estava aberta. Sua sorte é que o vento desviou aquela nuvem negra para longe.

A carta


Irma Valêncio

Meu vizinho, que se chama Luiz, levantou cedo e, como todas as manhãs, foi até a caixa de correio recolher a correspondência. Ficou feliz ao ver que, no meio de tantas cartas e propagandas, havia uma pequena carta, na qual havia um convite.
Ficou maravilhado porque se tratava de notícias de sua filha que morava no interior, e que não via há muito tempo. Ele ficou maravilhado pois a carta era um convite para que fosse à casa da filha, assistir ao batizado da neta.
Mas ele pensou: como vou até lá? Não tenho condições... Porém, na própria carta, a filha já mandava a solução: venha sem preocupação, já resolvi tudo para que o senhor se sinta feliz. Ele foi, e todos ficaram muito felizes.