sexta-feira, 2 de novembro de 2012

A formatura


Anna Serley Ribeiro

Como fazia todas as manhãs, recolhi a correspondência da caixa; entre as contas e propagandas, um envelope chamou a atenção: era um convite para uma formatura de faculdade de Direito de um vizinho amigo meu, para a qual já havia sido convidada, mas agora recebi oficialmente o convite. Fiquei muito agradecida, já esperava há muito tempo por esse momento, ele é jovem inteligente, que trabalha e luta pelos seus ideais.

Dia das mães com amor


Olga Otero

Tocaram a campainha uma manhã, no dia das mães. Abri a porta, não tinha ninguém, só uma bela caixa com uma fita lilás... grande foi minha surpresa ao ver, dentro dela, uma xícara de porcelana com doces e bolachas deliciosos e outras coisas mais. Porém, o que mais chamou minha atenção foi o cartão e as fotos da família... que meu filho deu para mim. No cartão, ele escreveu: “Para minha mãe com muito amor e admiração. Teu Príncipe, Gian Franco ”.

A viagem


Volma Duarte

Como fazia todas as manhãs, fui verificar as correspondências. Encontrei um envelope que chamou minha atenção, era um convite. Este envelope me despertou curiosidade. Era de minha família, me convidando para passar uma temporada com eles: minha irmã, meu cunhado e dois sobrinhos. Eles iam fazer uma viagem. Um cruzeiro.
Mas, no meio tempo, surgiu um imprevisto: um dos sobrinhos ficou doente. Ninguém sabia o problema, muitas dores no corpo, na cabeça. Fizeram todos os exames, e não aparecia nada.
O problema é que um dos sobrinhos era gêmeo e o outro tinha ficado. Isso foi o suficiente para desestruturar o passeio. Mas, no final, tudo se resolveu, mandamos chamar o terceiro sobrinho, e tudo ficou ótimo.
Agora já planejamos: no próximo ano, vamos todos desde o início – a Glória, o José, o Sílvio, o Lívio e o Carlos, que ficou doente. Imagino que foi de saudade do irmão Lívio.

Eu havia esquecido


Maria Helena de Souza

Em um dia muito tranquilo, eu estava em casa, vendo um filme nada tranquilo, deitada sobre meu confortável sofá, e bem à vontade. A campainha tocou, eu fiquei chateada e pensei: logo agora? Vou perder um pedaço do filme! E se for alguém chato, ou que venha pedir algo, talvez importante? Vou ficar em silêncio, talvez quem tocou a campainha desista. Mas se for algo importante, vai insistir. Vou esperar um pouco para tomar uma atitude. Na próxima vez, vou atender.
E, de repente, eu me achava com a porta aberta, e não era como eu imaginava, mas uma caixa com meu nome. Daí me vieram mil pensamentos: como resolver isto? Levo pra dentro e abro? Dúvida. Resolvi abrir. Pelo tempo que este ficou na porta, deveria ser algo nada suspeito.
Ao abrir, verifiquei que era uma mensagem de minha neta Ju, com uma linda mensagem pelo dia dos avós. Eu havia esquecido a data!

O presente


Inês Thomas

Maria estava no quarto, junto com a filha Joana, quando ouviu o toque da campainha. Eram sete horas da manhã, quem estaria a uma hora destas batendo na casa de alguém?
Levantou e foi abrir a porta em que, para sua surpresa, não tinha ninguém. Olhou ao redor, procurando quem tinha tocado, quando viu no chão uma bela caixa com seu nome escrito em letras douradas. De repente, levou um susto: a caixa começou a fazer um ruído, parecia que estava se mexendo. Chamou a filha para ajudar, levaram a caixa para a lavanderia, quando Maria falou:
- Joana, o que vamos fazer? Tenho até medo de abrir. Será um animal que colocaram aí dentro?
Como a caixa tinha uns furos, começaram a espiar para ver se conseguiam enxergar alguma coisa. Quando ouviram um choro... Não acreditavam no que estava acontecendo. Como foram colocar uma criança na porta? Quem teria feito tamanha maldade? Não tinham escolha, teriam que abrir a caixa.
Quando viram a boneca chorando e depois falando “mamãe”, já sabiam quem tinha deixado o presente. Só podia ter sido o irmão que, quando menino, tinha quebrado a única boneca que se mexia, chorava e falava. Mãe e filha ficaram abraçadas, lembrando com carinho o gesto tão lindo do único irmão de Maria.

Curiosidade


Edith Machado

Tocaram a campainha, não era ninguém. Ele olhou, só havia uma caixa com seu nome no destinatário e, de repente, sentiu-se perturbado. Veio a dúvida: abro?... E se for uma bomba, ou um presente de grego, ninguém por parto pra lhe dar uma ideia... preciso me arriscar, minha curiosidade supera minhas dúvidas.
Com cuidado, puxou um ladinho, o papel rompeu. Ele pulou para trás, quase caiu de costas, mesmo assim seu braço encostou no arame farpado que dividia o pequeno quintal do canil. Foram momentos de inquietação, de dor, o sangue do ferimento começou a gotejar. Refletia consigo mesmo: vou abrir, sei que nada fiz de mal, e se fiz, Deus me perdoe.
Foi quando a caixa fez um leve movimento, ele arregalou os olhos e gritou: e agora? Qual foi sua surpresa: eram marimbondos. Correu tanto de lá para cá, espantando-os, entrou e fechou a porta com muita força e desmaiou, sem se dar conta que a janela estava aberta. Sua sorte é que o vento desviou aquela nuvem negra para longe.

A carta


Irma Valêncio

Meu vizinho, que se chama Luiz, levantou cedo e, como todas as manhãs, foi até a caixa de correio recolher a correspondência. Ficou feliz ao ver que, no meio de tantas cartas e propagandas, havia uma pequena carta, na qual havia um convite.
Ficou maravilhado porque se tratava de notícias de sua filha que morava no interior, e que não via há muito tempo. Ele ficou maravilhado pois a carta era um convite para que fosse à casa da filha, assistir ao batizado da neta.
Mas ele pensou: como vou até lá? Não tenho condições... Porém, na própria carta, a filha já mandava a solução: venha sem preocupação, já resolvi tudo para que o senhor se sinta feliz. Ele foi, e todos ficaram muito felizes.